De qualquer forma, a equipe do craque argentino - imediatamente considerado dúvida para o confronto do próximo dia 10, no Camp Nou - está em vantagem. Empates por 0 a 0 e 1 a 1 colocam o Barça na semifinal. O PSG, que contou com os brasileiros Lucas, Thiago Silva, Alex e Maxwell, precisará de uma simples vitória ou de igualdades a partir do 3 a 3.
Foi preciso paciência e uma dose de sorte ao Barcelona no primeiro tempo no Parque dos Príncipes. Na memória estava a ineficaz atuação diante do Milan, no San Siro, em fevereiro, quando os catalães saíram derrotados por 2 a 0 e precisaram reencontrar o brilhante futebol para conseguirem a virada na volta. De nada adiantou o alerta nos minutos iniciais, mas aos poucos o Barça tomou o controle do jogo à sua maneira e conseguiu furar a aguerrida marcação francesa.
Neste caso, foi necessário também uma ajudinha da enorme qualidade de seus atletas. Aos 38, quando já era melhor em campo, a equipe do reestreante Tito Vilanova chegou ao gol em jogada brilhante. Após sobra na intermediária, Dani Alves lançou Messi de trivela. O argentino aguardou o quique e chutou cruzado, no canto esquerdo de Sirigu. Foi o 33ª gol do camisa 10 após passe do brasileiro, o seu garçom oficial na carreira - Xavi, com 29 assistências, vem na sequência.
Muito antes de abrirem o placar e também de quase ampliarem, novamente com Messi, aos 41, os visitantes provaram de contra-ataques perigosos. Quase sempre com Lucas no comando pela direita, levando a melhor em duelo com Jordi Alba. O brasileiro, dono de algumas arrancadas, teve o esforço reconhecido pela torcida no "jogo de sua vida", como frisou nas últimas semanas.
A melhor chance dos donos da casa, porém, não teve participação direta do ex-são-paulino. Logo aos quatro, Lavezzi invadiu a área pela direita, passou por Piqué e viu Busquets desarmá-lo. A bola carimbou a trave direita de Valdés e sobrou para Pastore, que não aproveitou. O próprio meia argentino voltaria a ter uma oportunidade aos 14, em conclusão de fora da área que quase surpreendeu o goleiro. Ibrahimovic, aos 18, também obrigou o catalão a trabalhar. Sete minutos depois o próprio sueco finalizou para fora.
Messi é substituído
Ao perder o volume de jogo - o PSG terminou o primeiro tempo com 30% da posse de bola -, a grande notícia para Ibrahimovic e companhia veio do outro lado: Lionel Messi, com uma lesão muscular na perna direita, deixaria o time no intervalo e de imediato se tornaria dúvida para o confronto no Camp Nou.
A saída do melhor jogador do mundo nos últimos quatro anos inegavelmente deu ânimo ao PSG. Mas, com Fàbregas, parecia ser ainda mais difícil penetrar na defesa rival. Dificultava ainda mais o fato de Zlatan Ibrahimovic, o grande craque dos franceses, não estar na melhor de suas noites.
Mesmo sem Messi, o Barça foi quem chegou mais perto do gol na primeira metade do segundo tempo. Aos cinco, Busquets arriscou de fora da área e quase fez. Aos 24, em falta da entrada da área, Dani Alves assustou Sirigu e não acertou a trave por centímetros. Xavi, na mesma moeda, contou com um desvio na barreira aos 28 e viu a bola sair por cima.
Com problemas, Carlo Ancelotti resolveu colocar caras novas em campo. Saíram Beckham, Lavezzi e Pastore para as entradas de Verratti, Ménez e Gameiro num intervalo de apenas nove minutos. Deu certo. Na base da pressão, o empate surgiu como um brinde para o PSG. Depois de quase marcar aos 32, Ibrahimovic aproveitou a bola parada para deixar a sua marca num jogo de mata-mata da principal competição do continente. Aos 34, Maxwell cruzou, Thiago Silva cabeceou na trave e, no rebote, o sueco - impedido - completou para o fundo das redes.
Fim de jogo emocionante
Dois lances isolados, porém, ainda mudariam o destino do jogo como uma montanha russa. O Barça experimentou a melhor sensação aos 44, quando Fàbregas deixou de calcanhar para Sánchez na grande área. O chileno driblou Sirigu e foi derrubado: pênalti que o capitão Xavi cobrou para praticamente assegurar a vitória e dar uma margem de segurança aos catalães para o jogo do Camp Nou, no próximo dia 10, ainda que Lionel Messi não esteja em campo.
O problema é que ninguém contava com o que estaria por vir. Nos acréscimos, em outro lance despretensioso, Ibrahimovic recebeu cruzamento e escorou para Matuidi chutar. A bola desviou em Bartra no meio do caminho e enganou Victor Valdés, que nada pôde fazer além de um leve desvio com as mãos.
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