Lucas sobre o duelo contra o Barcelona: 'Será o jogo da minha vida'


As atenções do mundo do futebol se voltam para a França, nesta terça-feira, a partir das 15h45 (de Brasília). O duelo entre Paris Saint-Germain e Barcelona, que vale pelo jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, será muito mais que um desfile de craques e a promessa de fortes emoções para um personagem em especial.
Recuperado de uma lesão no tornozelo esquerdo, o meia Lucas fará seu retorno ao time parisiense justamente no jogo que considera o mais importante da sua carreira. Em um bate-papo com o OCENTRALDOFUTEBOL, ele falou também sobre os bastidores do time francês, a Seleção Brasileira e o São Paulo, clube pelo qual foi revelado e cuja trajetória acompanha, mesmo à distância.
Como foi a recuperação da lesão no tornozelo esquerdo? Chegou a temer ficar fora do jogo de ida contra o Barça, pela Liga dos Campeões?
Estou me sentindo muito bem e sem dor no local. A minha expectativa é jogar, já que treinei com o grupo desde a semana passada. Será o jogo mais importante da minha vida. Se Deus quiser, estarei em campo nesta partida tão especial.
Já que você classificou a partida contra o Barcelona como a mais importante para você, está até mais ansioso do que na sua estreia na Liga?
Sem dúvida. Se não existir o frio na barriga ou a ansiedade, está tudo errado (risos). De fato, quando se ouve o hino da Liga dos Campeões, se sente uma sensação diferente. É a melhor competição do mundo. Além disso, ter o Barcelona pela frente também é diferente, por ser tão visado e ter o melhor jogador do mundo. É uma experiência maravilhosa ter essa chance com apenas 20 anos...
...E, mesmo com pouca idade, você já teve grandes experiências no São Paulo e na própria Seleção. Tudo na sua carreira acontece de uma forma rápida, não?
Sempre acreditei que conquistaria meus objetivos, mas não esperava que as coisas fossem se concretizar de maneira tão rápida. Mesmo já tendo alcançado muitas coisas, ainda estou no início da carreira. Quero conquistar mais.
Como anda a expectativa da torcida do PSG? Afinal, o time retomou o papel de protagonista de sucesso que já ostentou durante um período na década de 1990.
O PSG vive uma nova era. Mesmo há pouco tempo aqui, dá para sentir que a torcida e a imprensa confiam no time. Com o atual elenco, a visibilidade do clube aumentou. Fico feliz por fazer parte desse novo projeto e acredito que o PSG estará entre os grandes clubes do mundo nos próximos anos.
Como é a convivência em um elenco estrelado como o do PSG? De que maneira o Ancelotti administra tantos egos?
O Ancelotti é um cara muito tranquilo e gente boa. Os treinos são sempre curtos, mas temos um belo grupo. Todos conversam e brincam, mesmo com idiomas diferentes. Procuramos ajudar um ao outro, e isso é bem bacana. O Beckham, por exemplo, é um cara de uma simplicidade enorme.
E o Ibrahimovic? Você acabou dando uma declaração sobre ele que foi mal interpretada.
Acabei sendo mal interpretado em um momento em que fiz uma brincadeira quando falava a respeito dele. É claro que é um jogador que reclama e cobra bastante dentro de campo. Mas isso é normal de um atacante que precisa fazer gols e tem vontade de vencer. Mas foi um cara que me recebeu muito bem e me ajuda bastante. É um atleta de grupo, e tem sido muito bacana poder atuar com ele. Estou aprendendo bastante.
                    Lucas elogiou Ibrahimovic e o ambiente em um elenco cheio de estrelas como é o atual do PSG (Crédito: Jean-Pierre Muller/AFP)
O fato de o PSG ter hoje brasileiros com papel de liderança, dentro e fora de campo, foi fundamental para a sua adaptação?
Com certeza. Isso foi um ponto fundamental para a minha rápida adaptação. Claro que existem dificuldades nesse período, como o clima, estar longe do meu país... Acredito que esse processo tem sido rápido, e os brasileiros foram vitais para essa regularidade. Tanto o pessoal do elenco como o Leonardo, fora de campo.
Mesmo há apenas três meses na Europa, já dá para sentir evolução no seu jogo?
Acredito que sim. Estou aprendendo bastante na Europa, principalmente na parte tática, que é muito cobrada. Creio que essa é a principal diferença para o Brasil, já que apostamos mais na qualidade técnica, e a tática fica um pouco de lado. E jogo aqui corre mais rápido.


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