'Casado' com Grêmio, Zé Roberto vê título como filho: Seleção em 2º plano


Zé Roberto comemora golaço marcado contra o Lajeadense (Foto: Itamar Aguiar/Grêmio FBPA)A amarelinha ainda mexe com Zé Roberto, mas já não é a prioridade para o armador. O camisa 10 se encontrou em Porto Alegre, vive um matrimônio com o Grêmio e agora busca a “cereja do bolo”, ou, como ele mesmo define, o nascimento dos filhos, que seria a conquista dos títulos pelo clube gaúcho.
Mesmo com as chegadas de Vargas e Barcos e o bom momento do argentino, Zé continua como a referência técnica da equipe de Vanderlei Luxemburgo. Adaptado ao clube gaúcho, ele não esconde a felicidade pela fase que atravessa e espera sacramentá-la colocando faixas no peito.
- Não ficaria surpreso se o Felipão me chamasse. Vivo um bom momento, mas não ficarei chateado caso fique fora. Tenho de respeitar a filosofia e o pensamento do treinador. Quero é ser campeão. Vivo um casamento aqui. Só faltam os títulos, que seriam os filhos - compara.
Mesmo que Luiz Felipe Scolari convoque os jogadores na próxima semana para o amistoso contra a Bolívia – que será disputado no dia 6 de abril e terá a renda revertida para a família de Kevin Espada, garoto morto durante o jogo entre San Jose e Corinthians, em fevereiro -, Zé Roberto deixa em segundo plano uma possível lembrança do técnico. O foco é total no jogo deste sábado diante do Caxias, às 21h, na Arena, pela terceira rodada da Taça Farroupilha – segundo turno do Gauchão.

Um dos poucos destaques na Copa do Mundo de 2006, quando o Brasil de Carlos Alberto Parreira foi eliminado nas quartas de final, Zé Roberto passou por mudanças. Naquele período, tinha como principal função conter os avanços dos adversários, atuando como um volante. Hoje, é o articulador tricolor, o jogador que pensa as jogadas e municia Vargas e Barcos. Além disso, tem mostrado outra faceta: a de goleador. Soma seis gols na temporada, sendo o artilheiro da equipe. Destes, quatro foram no Gauchão.
- Fiquei sabendo que ia ter convocação agora. Mas não fico pensando nisso. Já passei por essa fase. Estaria te mentindo se dissesse que nunca fiquei ansioso. Fiquei no começo, era natural. Era algo que almejava muito. Agora não. A minha ansiedade é um jogo após o outro. Estou pensando no Caxias. Vivo uma fase que não posso ficar pensando na Seleção. Se acontecer, será de forma natural - avalia.
- O Zé de 2006 jogava mais na contenção. Eu era mais volante, e minha maior preocupação era cuidar a parte defensiva. Naquele Mundial, nas Eliminatórias e na Copa das Confederações, o time jogava muito ofensivamente. Tinha o quadrado mágico. Minha função era de marcação. Hoje, jogo com mais liberdade. Armo as jogadas, às vezes marco gols. Hoje, me sinto mais completo. Juntando os dois, posso ajudar de duas formas. Sem falar da experiência - finaliza.

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